Patrícia estava em uma festa
na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e
ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram
caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho Patrícia se
despediu de sua amiga e continuou caminhando não havia muita gente
na rua, pois aquele lugar era muito perigoso à noite.
De repente Patrícia ouviu
três tiros, e viu dois homens saindo de uma casa. Ela correu e se
escondeu. Assim que percebeu que não havia mais ninguém voltou para
sua casa, pensou em chamar a polícia, mas o medo falou mais alto e
disse para si mesma que nada havia acontecido, e mesmo que tivesse
não era obrigação dela ajudar pessoas que não conhecia.
No dia seguinte, quando
acordou e foi ver o noticiário descobriu que os homens eram
assaltantes, e que por falta de atendimento uma mulher de 35 anos, um
homem de 38 e uma criança de 12 tinham morrido. Com a consciência
pesada Patrícia foi trabalhar e contou pra sua amiga Débora o que
havia acontecido. Sua amiga a consolou e disse que provavelmente
mesmo que tivesse chamado a polícia não adiantaria, porque os
homens já haviam fugido e a família já estava morta.
Mesmo com o apoio da amiga
Patrícia continuou se sentindo culpada, ela não saia mais com os
amigos, evitava andar sozinha na rua, e passou seguir uma rotina: de
casa pro trabalho e do trabalho pra casa.
Vendo o sofrimento da amiga
Débora convence Patrícia sair, e a leva para uma festa. Na volta
passam pela mesma rua onde Patrícia viu os assaltantes, mas dessa
vez não os vê. Ela vê três pessoas ensanguentadas pedindo ajuda.
Patrícia surta e implora que Débora ajude aquelas pessoas, mas
Débora não vê ninguém. Patrícia insiste que esta vendo as
pessoas, corre para ajudá-las, mas elas desaparecem, quando isso
acontece Patrícia perde os sentidos e desmaia.
Rapidamente Débora a leva
para o hospital, conta ao médico o que havia acontecido e ele da
como diagnóstico um quadro de surto psicótico, no qual a melhor
forma de tratamento eram consultas semanas com o psicólogo.
Quando Patrícia acorda Débora
conta a ela tudo o que aconteceu, mas ela não acredita e se recusa a
fazer o tratamento com o psicólogo. Depois de muita insistência
concorda em ficar alguns dias na casa de Débora depois de receber
alta.
Uma semana se passa, às 23:30
Patrícia acorda, vai a cozinha escuta três tiros e vê três
pessoas caídas no chão. Ela surta novamente e quebra tudo que vê
pela frente. Débora acorda assustada e tenta conter a amiga em vão.
Patrícia sai da casa e começa a gritar pela rua, que a culpa era
dela, que as pessoas morreram por culpa dela, que ela era uma
assassina. Depois de correr até o final da rua perde os sentidos e
desmaia.
Novamente no hospital o médico
não vê outra alternativa a não ser internar Patrícia.
Um mês se passou, o
tratamento de Patrícia terminou, e como último ‘teste’ levam
Patrícia à
rua onde viu os assaltantes. Chegando lá Patrícia não vê as
pessoas mortas, ou escuta tiros, ela vê os assaltantes e começa a
gritar.
A polícia é chamada e os
assaltantes capturados.
Dois anos se passa a vida de
Patrícia volta ao normal. Ela se casa, vai morar com o marido. Mas
por uma infeliz coincidência, a casa comprada pelo marido é na
mesma rua onde aconteceu o assalto que por muito tempo perturbou sua
vida.
Mesmo aquele lugar lhe
trazendo péssimas lembranças, ela decide ficar.
Patrícia viveu tranquila por
mais cinco anos, se formou teve um filho e nada a fazia mais feliz.
Até que um dia voltando de uma festa sua casa é assaltada, e os
ladrões sem nenhum receio matam Patrícia, seu marido e seu filho.
32 – 201
Gostei muito da historia do texto, sobre o surto de Patricia e os ocorridos, adorei o conteúdo, nada a criticar ! 06 / 202
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