Patrícia estava em uma festa
na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e
ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram
caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia
muito gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente elas
veem um homem sujo com roupas rasgadas e fedendo. Ele lhes pede ajuda
e um pouco de comida e água. Elas ainda apavoradas por sua
abordagem, saíram correndo dali.
Após o susto, elas pensam
melhor e resolvem voltar para ajudar o homem, mas não o encontram
mais. Sem ter outra opção, elas voltam para suas casas. Júlia
pensava no que tinha acontecido com homem, ela pensava que o que elas
tinham feito o tinha deixado zangado, pois elas tinham negado o seu
pedido de ajuda. Com peso na consciência, ficou pensando nisso.
Então Júlia vestiu um roupa, arrumou umas roupas velhas de seu pai,
que estavam guardadas no armário, já que ela nunca viu seu pai
pensou que ele não ia voltar agora para pegar sua roupas velhas.
Juntou um pouco de comida que estava nas panelas e saiu para procurar
o homem que elas haviam visto.
Depois de muito tempo
procurando, ela procurou perto de onde ele estava na primeira vez que
ela o viu, mas ninguém estava lá, depois de um tempo ela resolveu
parar de procurar o homem.
Ela então voltou para casa
cansada por ter procurado o homem. Quando ela chega perto de casa,
ela vê um homem no portão de casa parado, só olhando para a sua
casa. Ele ficou ali parado olhando por um tempo e foi embora sem
fazer nada. Assustada, ela fica parada vendo o homem ir embora e
pensa em encarar o homem. Ela então vai atrás do homem e o pergunta
se havia algum problema. O homem assustado olha para ela sem dizer
nada, mas ela não desistiu e o pergunta por que ele estava olhando
para casa dos outros tão tarde na noite. Ele, com um voz baixa, fala
que ali mora sua filha e que ele passa todos os dias e olha para a
casa que ele morou um dia, com sua mulher e sua filha pequena. Sem
ter o que falar, ela olha pra o homem e vê que ele é o homem sujo
com roupas rasgadas e fedido que a assustou antes. Ela chega mais
perto e pede desculpa pelo seu modo de falar com ele, e fala para ele
que o estava procurando, pois ela se sentia culpada por ter fugido
naquele dia. E fala que ela tem umas roupas e um pouco de comida para
ele e pergunta se ele quer. Ele chega perto dela e a agradece pelo
seu ato de generosidade. Ela, um pouco curiosa, pergunta da historia
dele e da sua filha, que mora na casa que ele estava olhando.
Ele responde a pergunta com
toda a calma e fala que ali mora sua filha e sua mulher, mas diz com
um tom triste que não pode mais voltar para casa, pois ele não
pertencia mais àquela casa. Ela pergunta por que, mas ele diz que
não quer falar sobre isso. Ela percebeu que isso o chateava e fala
que não falaria mais sobre isso. Ele agradece e disse que estava
tudo bem, e ele tinha que ir. Ela ainda curiosa se despede do homem.
Júlia volta para casa e vai dormir o pouco de tempo que ela ainda
tinha.
No dia seguinte, Júlia conta
para sua mãe o que tinha acontecido e fala sobre o homem que olhava
para casa todas as noites. Curiosa, ela pergunta como o homem era.
Júlia diz todas as características que ela conseguia lembrar, e sua
mãe fica com uma cara assustada e vai para o quarto. Júlia
preocupada vai atrás de sua mãe e perguntou o que estava
acontecendo. Sua mãe diz que já era hora de ela saber que seu pai
havia morrido em um acidente de carro há alguns anos e que o homem
que ela havia descrito para ela parecia com seu pai. Ela pega a foto
que estava na caixa e mostra para sua filha, que começa a chorar e
diz que esse era o homem com que ela havia conversado ontem à noite.
03 – 204
Nenhum comentário:
Postar um comentário