sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Gervazinho, o contador de histórias

O Gervazinho era um menino gorduchinho da região das montanhas próximas. Dia sim, dia não o menino descia as montanhas, para aceitar qualquer coisa que dessem a ele. Nos prédios habitacionais. Nos momentos seguintes, Gervazinho se sentava com as crianças que ali moravam, para contar estórias diferentes.
Geralmente nos condomínios, as crianças que mais chamavam a atenção eram as mais bonitas de olhos verdes ou azuis, mas Gervazinho não tinha quase nada que chamavam de especial... Ele era gorducho além do normal, de olhos castanhos da mesma cor dos cabelos torcidos e desiguais. Ele sorria com dentes imaginários. Porém todos paravam seus afazeres para ouvir aquele menino que eu parecia inventar estórias na lua. Estórias absurdas mas que todos gostavam. Certa vez Gervazinho falou com precisão sobre uma prisão para crianças onde um bruxo sinistro uivava forte e todos eram obrigados a andar um atrás do outro, entrando em caixas grandes com buracos para respirar dos lados. Depois vinha o castigo do carvão riscador da parede da frente e todas as crianças e todas as crianças sentavam em caixotes com trancas onde se punham a escrever coisas até suas mãos desmaiarem. Mas então uma fada prisioneira na caixa do meio da prisão contava bem fino e nesse momento as crianças fugiam de mãos dadas seguindo um cheirinho gostoso de comida e lá pegavam suas tigelinhas de comida para enganar a fome. Comiam tanto que ficavam bem mais bem pesados que rolaram em cima do bruxo até ele ficar bem esmagado, daí conseguiam fazer da prisão um lugar feliz, onde todos os meninos e meninas viviam felizes e em paz.
Certo dia Gervazinho não desceu as montanhas próximas do condomínio. Mas muitos soldados subiram as montanhas. Depois desceram trazendo um menino deitado em uma maca mais sujo do que de costume, preto de carvão, os olhos brilhantes fechados, a boca falante agora miúda de lábios cerrados, nenhum movimento que costumava fazer o tempo inteiro quando contava suas estórias.
De repente uma multidão cercou a maca já próxima aos prédios. Algumas pessoas choravam, outras falavam que Gervazinho era um um ótimo contador de estória por dom, outros já diziam que o menino merecia um lugar especial no céu das criancinhas. Gervazinho se levantou de um só pulo e foi logo perguntando ao guarda que se na próxima revisão da natureza ele poderia pegar carona novamente para descer a montanha, pois assim teria mais tempo para contar suas estórias. O povo do condomínio passou de susto para gargalhadas conjuntas, depois sentavam no chão para ouvir as esquisitas e emocionantes estórias do garoto que adorava contar estórias.

17 – 202

4 comentários:

  1. achei legal do seu texto as historias que gervazinho fazia ,seu texto ficou muito bom.
    Nome:Giovani
    Número:10
    Turma:203

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  2. Bem criativa e alegre. No final você acaba achando que o garoto morreu, mas acaba tendo uma surpresa, e deixa a história de um jeito bem legal no final.
    Nome: Isabelly Almeida
    Turma: 202
    Nº: 18

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  3. Gostei de como a história teve um fim.
    Nome: Gracielly Almeida 201 - n°15.

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  4. Boa história, não é grande, e deixa um tom no final de humor, sendo que o personagem era visto como morto.
    N° 12; Turma: 201

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