Chegando
em casa, Túlio notou que a porta da sala estava entreaberta. Ele
nunca deixou de verificar as portas e as janelas quando saía. Então,
entrou bem devagar olhando tudo à sua volta. Na sala e na copa,
parecia tudo normal. Continuou andando sempre com muita atenção.
Quando chegou na cozinha, ele colocou as chaves em cima da mesa, e
observando tudo bem lentamente, ouviu um barulho em cima da casa.
Lentamente ele sobe as escadas e a porta de seu quarto estava aberta,
e o barulho estava vindo de lá. Túlio coloca a cabeça para dentro
do quarto e percebe que não havia ninguém lá. O barulho volta,
como se estivesse alguém descendo as escadas, Túlio pega um bastão
de beisebol e vai até a escada, e outra vez não havia ninguém lá,
mas, a porta da casa estava aberta. Assustado ele pensa: ― Alguém
estava aqui. Sem outra opção ele vai para seu quarto, liga a tv e
deita.
Túlio
acaba pegando no sono, e depois de algumas horas dormindo, ele acorda
com a campainha. Ele levanta olha no relógio e vê que ainda são 3
da matina, preocupado e com medo de ter acontecido algo, ele desce as
escadas correndo, mas, quando abre a porta não havia ninguém lá.
Túlio achou que estava sonhando, mas quando estava subindo as
escadas a campainha toca outra vez, ele abre, de novo não havia
ninguém lá. Túlio ficou de frente para porta, pois imaginou que a
campainha tocaria de novo, depois de alguns minutos em pé, a
campainha não toca e ele volta a subir as escadas, quando estava na
metade das escadas, ele olha para porta e vê a sombra de uma pessoa,
paralisado, ele espera, e essa sombra vai se afastando da porta
lentamente, Túlio estava confuso, então decidiu deitar no sofá da
sala, caso a campainha tocasse novamente.
Ao
acordar, percebe que já estava claro, levanta e vai tomar banho para
ir trabalhar. Quando abre a ducha a campainha toca, enrolado na
toalha, ele desce correndo. Quando abre e vê que era o carteiro ele
diz: ― Ufa.
― Oi
Senhor? O carteiro pergunta.
― Nada.
Túlio responde pegando a carta.
O
carteiro o deseja um bom dia. Túlio fecha a porta, abre a carta que
só estava escrito:
"3
da matina"
-
Anônimo
Túlio
sem entender, toma um susto, abre a porta tentando ver o carteiro
para fazer algumas perguntas, mas era tarde demais. Túlio pensativo,
volta para o banho, e sua mente só pensava na carta. Túlio se
arruma para o trabalho, liga o carro, e coloca sua música preferida
do The Beatles- Hey Jude. A caminho pro trabalho ele levou a carta na
sua pasta. Chegando ao trabalho Túlio chama seu amigo Jack para sala
dele. Quando Jack entra na sala, da de cara com Túlio tomando uma
xícara de café, e meio tremulo. Jack pergunta o que houve. Túlio
tira a carta anônima de dentro da pasta e entrega para Jack. Jack
lê e pergunta o que é. Túlio conta tudo para ele, desde quando
chegou em casa ontem a noite. Jack da gargalhadas, e pergunta para
Túlio: ― Você bebeu muito ontem a noite?
Túlio
responde: ― É sério cara.
― Jack
é impossível tudo isso ter acontecido. ― Jack diz.
― É
verdade. ― Túlio insiste. E convida Jack para dormir na casa
dele hoje.
Jack
diz que não é necessário, e que Túlio tinha que parar de ver
esses filmes de suspense, porque estava começando a afetar o
psicológico dele.
Túlio
irritado pedi para o amigo acreditar nele. Jack rir com tom de irônia
e diz que na hora do almoço eles iriam conversar melhor.
As
horas passam, e Túlio e Jack vão ao restaurante do lado almoçarem.
Jack pedi o maior prato do restaurante, e Túlio disse que perdeu a
fome. Jack pergunta ao amigo o que realmente estava acontecendo e
Túlio em voz baixa diz: ― Acho que estou sendo seguido.
Jack
com o refrigerante na boca, quase cospe tudo na cara de Túlio de
tanto rir. Túlio estressado, levanta e diz que vai embora. Jack
promete que não vai rir, e pedi para Túlio sentar e contar.
Túlio
conta tudo novamente para Jack. E então Jack tenta acreditar. Eles
voltam para o trabalho...
A
tarde passa, e começa anoitecer, Jack passa na sala do amigo para si
despedir e fala que qualquer coisa Túlio pode ligar para ele. Túlio
agradece.
Chegando
em casa Túlio estaciona o carro, e vai fazer seus deveres comuns.
A
campainha toca, Túlio olha para o relógio e são exatamente "3
da matina." Ele pega o taco de beisebol e desce as escadas.
Abriu a porta, observou a rua deserta, e sentiu alguém cutucando o
seu ombro, vira desesperadamente e o telefone toca, Túlio coloca o
telefone no ouvido sem dizer nenhuma palavra, e o silencio na outra
linha toma conta do momento. Túlio desliga o telefone, e a campainha
toca, e o telefone também começa a tocar sem parar, quando Túlio
vai atender o telefone simplesmente para, e só a campainha toca em
ritmo de batimentos cardíacos.
PUF...
Túlio abre o olho, e percebe que foi um sonho, ou melhor, um
pesadelo, quando Túlio olha para o relógio percebe que é "3
da matina" a campainha toca. Túlia espera para ver se tocará
novamente, e nada.
Túlio
gostava muito de escrever, então como não conseguia dormir, ele se
animou e decidiu escrever na antiga máquina de escrever que tinha na
sala de sua casa.
Sentado
numa velha máquina de escrever, com a luz do poste refletindo nas
árvores, Túlio decidi acender o abaju, e ligar para Jack, mas assim
que tira o telefone do gancho ele estava desligado, apesar de estar
ligado na tomada. Túlio sobe até seu quarto para pegar o celular,
que quando destrava, tinha uma mensagem não lida, escrito:
"3
da matina"
-
Anônimo
Assustado
Túlio joga o celular na parede, desce as escadas correndo, pega a
chave do carro, e si tranca lá dentro pelo resto da noite. Quando
acorda percebe que perdeu o horário, então entra em casa, veste o
palito, e vai para o trabalho. Chegando lá sua secretária percebe
que Túlio não teve uma noite muito boa, ela tenta perguntar se
aconteceu algo, mas ele entra direto pra sala trancando a porta.
No
seu horário de almoço, tomou uma xícara de café para si manter
acordado, Jack entra no restaurante e dá de cara com Túlio. Senta
ao seu lado, e pergunta se está tudo bem.
Túlio
abaixa a cabeça e diz: ― Aconteceu de novo.
Jack
diz: ― O que aconteceu de novo?
Túlio
responde: ― "3 da matina"
Então
Túlio conta tudo para Jack. Jack sugeriu chamar a policia, mas Túlio
aparenta estar com medo, então pedi para manterem segredo. Jack diz,
que dormirá na casa de Túlio hoje a noite.
Enfim,
chegando em casa, Túlio abre a porta, Jack entra e faz uma daquelas
piadinhas sem graça, do tipo: ― Monstro cadê você?
Túlio
rir, além de ter achado idiota. Jack sorri, e diz: ― Com um
fortão desse igual eu aqui, ele não vai aparecer.
Túlio
rir e diz que Jack não teve infância. Túlio arrumou o quarta de
hospedis para Jack e disse que qualquer coisa que precisasse, era só
pegar.
Jack
agradeceu, e foi dormir. Um noite tranquila. Sem telefones e
campainha.
Jack
acorda, e vai tomar banho. Túlio acorda logo em seguida,e vai
preparar o café. Enquanto estava na cozinha, Túlio ouve um grito de
Jack, ele sobe as escadas, bate na porta do banheiro e grita o nome
de Jack.
O
silencio pairava sobre a casa. Até que Túlio decidi abrir a porta
do banheiro, e Jack reage dizendo: ― Pow cara ai não né. Jack
dando gargalhadas.
Túlio
não achou graça nenhuma, então Jack o tal "sem infância"
começoua a zoar da cara de Túlio.
Os
dias se passaram, e Jack deixou de dormir na casa de Túlio e logo o
"3 da matina" voltou.
Uma
semana se passou e Túlio já estava descontrolado, não ia mais na
trabalho, e ficava o tempo todo tremulo e isolado no seu quarto. Jack
era a única pessoa que conseguia conversar com ele. Até que decidiu
levar o amigo a um psiquiatra. Meses passou, e o amigo ficava cada
vez pior, até que um dia que Jack entrou na sala de Túlio com a
cópia das chaves, Túlio estava morto, cheio de sangue e com seu
sangue, na parede do quarto, escrito:
"3
da matina"
-
Anônimo
A
vida de todos mudou desde então, e depois de alguns anos, Jack
também morreu, da mesma forma que Túlio. E nisso viraram uma
história, que diz que todos que ouvirem falar, ou lerem, irão
acordar no próximo dia, ás 3 da matina, e depois entenderão o
título.
18
– 203
Muito boa , bem contada e elaborada , dá vontade de saber o final , mas nao dá para entender a origem do engma 3 da matina , poderia ter sido explicado da onde vem . Matheus Augusto /202 /26
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