Perdido na imaginação

Fernando estava em uma excursão com seus colegas da escola. Eles foram para a Serra do Rola-Moça, num sábado. Todos estavam se divertindo muito com a bela paisagem. Quando entraram numa trilha, Fernando ficou admirando as árvores e não percebeu que os colegas haviam continuado a andar. Quando se deu conta, estava perdido e fora da trilha, não conseguia achar sua turma. Continuou andando sem rumo para ver se encontrava alguma pista de onde podiam estar os seus colegas, porém não se preocupou porque Fernando sempre foi um menino tranquilo e sem medos. Caminhou durante bastante tempo para encontrar seus amigos e ao mesmo tempo continuou observando e se divertindo com a bela paisagem daquele lugar. Depois de algum tempo de caminhada, viu uma cena que impedia aquele lugar de ser um lugar totalmente bonito. Viu em meio às montanhas vários carros que haviam caído do penhasco por algum motivo e parou para pensar em quantas vidas podiam ter sido perdidas naquele lugar.

Quando Fernando se deu conta, estava escurecendo e ele ainda não havia encontrado sua turma. Decidiu procurar um lugar para se abrigar quando achou uma velha cabana que tinha uma luz de lampião bem lá no fundo. Foi se aproximando com sua lanterna e em instantes apareceu um senhor já de idade na porta perguntando oque ele queria naquele lugar. Fernando disse que estava perdido e o velhinho lhe ofereceu abrigo, os dois passaram horas conversando e o velhinho lhe contando histórias sobre as almas daqueles acidentes que segundo ele, vagavam pela serra. Logo mais Fernando pegou no sono e acordou já ao amanhecer com o conto dos pássaros. Levantou-se e foi atrás do velhinho que ele havia conversado horas naquela noite e não achou ninguém. Tudo não passava de sua imaginação, o velhinho era a alma de um homem que tinha se suicidado naquele lugar a mais de 40 anos atrás.

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