sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O porão

Os irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira chamando-os para se deitar... Tiveram de conter a curiosidade para o dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando em casa depois da aula, foram direto ao porão, mas ao abrirem a porta ouviram um estalo e a luz apagou, deixando os irmãos na escuridão. Apesar de ser dia, o lugar ficava quase todo escuro iluminado apenas por uma claridade que vinha do andar superior, então começamos a ficar com medo, sem claridade aquele lugar era assustador, nós estávamos paralisados sem saber direito o que fazer. De repente um mau cheiro começou a invadir nossos narizes, me fazendo sentir náuseas... Era cheiro de carne podre, como se houvesse algum animal morto por ali. Então ouvimos um barulho vindo da porta que estava entreaberta e muito escura, parecia que algo se arrastava pelo chão então Eu e minha irmã gritamos e saímos correndo em direção da porta. Subimos a escada e lá embaixo podíamos ouvir algo como se tivesse arranhando o chão, o cheiro de podridão aumentava e a porta não queria abrir. Nós batíamos na porta e gritávamos sem parar, até que minha mãe a abriu com cara de assustada. Contamos o que havia acontecido: a escuridão, sobre o cheiro de coisa podre e da coisa que se arrastava pelo chão. Ela prontamente disse que estávamos impressionadas e que desceria até lá e substituiria a lâmpada, que provavelmente estaria queimada. Apreensivos ficamos no topo da escada enquanto ela descia para o porão com uma lâmpada e uma lanterna nas mãos, o tempo que ela ficou lá embaixo pareceu uma eternidade. De repente ela surgiu da escuridão subindo os degraus correndo, fechou a porta do porão e sentou-se em uma cadeira. Seu rosto estava branco e seus olhos arregalados de medo.
_ Eu não quero que vocês desçam até lá novamente. – disse ela em voz alta, quase gritando. Em seguida pegou o telefone e foi para a sala onde ligou para a policia. Nós a ouvimos falando que havia visto alguém no porão. Enquanto esperávamos a policia, ficamos todas juntas, olhando assustadas para a porta que ia para o andar inferior, receosas que a qualquer momento, alguma coisa saísse de lá. Nossa mãe recusou a dizer o que tinha visto lá embaixo. Quando a policia chegou, nossa mãe os recebeu e os chamou para entrar na casa. Chegou até a porta do porão, a destrancou e eles desceram até a escuridão, empunhando lanternas e as armas em punho. Ficaram por um longo tempo procurando, mas não encontraram nada. Assim que os policiais saíram, minha mãe contou o que havia visto lá no porão: ela estava rosqueando a lâmpada no bocal quando começou a sentir o cheiro horrível que havíamos descrito para ela, quase em seguida passou a ouvir um barulho estranho. Então ela apontou a lanterna por todos os cantos até que avistou algo na porta que estava aberta. Era um homem agachado, suas roupas estavam rasgadas, seus cabelos eram compridos e desgrenhados, seu rosto estava todo distorcido, como se estive com uma expressão de ódio. Assim que a luz da lanterna apontou em seu rosto, minha mãe viu seus olhos vermelhos e então ele fez um movimento para o lado, desaparecendo pela porta que havia por lá. Neste instante minha mãe deixou a lanterna cair de suas mãos e saiu correndo. Depois disso, tivemos que ficar mais aquela noite na casa. Trancamos a porta do porão e colocamos algumas cadeiras na frente. Eu e minha Irma dormimos no quarto da nossa mãe com a porta bem trancada depois disso nos mudamos daquela casa.

28 – 202

4 comentários:

  1. Adorei o texto, a historia ficou legal, mas logo no inicio do texto teve uma mudança de Tempo Verbal. Estava na 3° pessoa e em seguida passa para 1° pessoa, e isso ficou estranho, mas a historia em si ficou muito bacana

    ResponderExcluir
  2. muito bom bem criativo gostei da tensão e do suspense que da na historia.(17-202)

    ResponderExcluir
  3. muito construtivo com um suspense assustador adorei.(12-204)

    ResponderExcluir
  4. O conto foi muito bom,mas teve pequenos erros.

    Bruna Vieira-09 201

    ResponderExcluir