Os
irmãos Catarina e Damião haviam encontrado uma estranha e pequena
porta na parede do porão, mas sua mãe interrompeu a brincadeira
chamando-os para se deitar... Tiveram de conter a curiosidade para o
dia seguinte. Quase não conseguiram dormir. Passava mil coisas pela
cabeça de cada um, mas enfim pegaram no sono. No outro dia, chegando
em casa depois da aula, foram direto ao porão, mas ao abrirem a
porta ouviram um estalo e a luz apagou, deixando os irmãos na
escuridão. Apesar de ser dia, o lugar ficava quase todo escuro
iluminado apenas por uma claridade que vinha do andar superior, então
começamos a ficar com medo, sem claridade aquele lugar era
assustador, nós estávamos paralisados sem saber direito o que
fazer. De repente um mau cheiro começou a invadir nossos narizes, me
fazendo sentir náuseas... Era cheiro de carne podre, como se
houvesse algum animal morto por ali. Então ouvimos um barulho vindo
da porta que estava entreaberta e muito escura, parecia que algo se
arrastava pelo chão então Eu e minha irmã gritamos e saímos
correndo em direção da porta. Subimos a escada e lá embaixo
podíamos ouvir algo como se tivesse arranhando o chão, o cheiro de
podridão aumentava e a porta não queria abrir. Nós batíamos na
porta e gritávamos sem parar, até que minha mãe a abriu com cara
de assustada. Contamos o que havia acontecido: a escuridão, sobre o
cheiro de coisa podre e da coisa que se arrastava pelo chão. Ela
prontamente disse que estávamos impressionadas e que desceria até
lá e substituiria a lâmpada, que provavelmente estaria queimada.
Apreensivos ficamos no topo da escada enquanto ela descia para o
porão com uma lâmpada e uma lanterna nas mãos, o tempo que ela
ficou lá embaixo pareceu uma eternidade. De repente ela surgiu da
escuridão subindo os degraus correndo, fechou a porta do porão e
sentou-se em uma cadeira. Seu rosto estava branco e seus olhos
arregalados de medo.
_
Eu não quero que vocês desçam até lá novamente. – disse ela em
voz alta, quase gritando. Em seguida pegou o telefone e foi para a
sala onde ligou para a policia. Nós a ouvimos falando que havia
visto alguém no porão. Enquanto esperávamos a policia, ficamos
todas juntas, olhando assustadas para a porta que ia para o andar
inferior, receosas que a qualquer momento, alguma coisa saísse de
lá. Nossa mãe recusou a dizer o que tinha visto lá embaixo. Quando
a policia chegou, nossa mãe os recebeu e os chamou para entrar na
casa. Chegou até a porta do porão, a destrancou e eles desceram até
a escuridão, empunhando lanternas e as armas em punho. Ficaram por
um longo tempo procurando, mas não encontraram nada. Assim que os
policiais saíram, minha mãe contou o que havia visto lá no porão:
ela estava rosqueando a lâmpada no bocal quando começou a sentir o
cheiro horrível que havíamos descrito para ela, quase em seguida
passou a ouvir um barulho estranho. Então ela apontou a lanterna por
todos os cantos até que avistou algo na porta que estava aberta. Era
um homem agachado, suas roupas estavam rasgadas, seus cabelos eram
compridos e desgrenhados, seu rosto estava todo distorcido, como se
estive com uma expressão de ódio. Assim que a luz da lanterna
apontou em seu rosto, minha mãe viu seus olhos vermelhos e então
ele fez um movimento para o lado, desaparecendo pela porta que havia
por lá. Neste instante minha mãe deixou a lanterna cair de suas
mãos e saiu correndo. Depois disso, tivemos que ficar mais aquela
noite na casa. Trancamos a porta do porão e colocamos algumas
cadeiras na frente. Eu e minha Irma dormimos no quarto da nossa mãe
com a porta bem trancada depois disso nos mudamos daquela casa.
28
– 202
Adorei o texto, a historia ficou legal, mas logo no inicio do texto teve uma mudança de Tempo Verbal. Estava na 3° pessoa e em seguida passa para 1° pessoa, e isso ficou estranho, mas a historia em si ficou muito bacana
ResponderExcluirmuito bom bem criativo gostei da tensão e do suspense que da na historia.(17-202)
ResponderExcluirmuito construtivo com um suspense assustador adorei.(12-204)
ResponderExcluirO conto foi muito bom,mas teve pequenos erros.
ResponderExcluirBruna Vieira-09 201