Sérgio e Marlon estavam
brincando na rua de baixo da casa deles, quando avistaram uma casa
abandonada com uma parte do muro derrubada. Essa casa era muito
grande e com uma arquitetura bem antiga. Curiosos, entraram no lote
para verem mais de perto. Eles nunca tinham visto uma casa tão
grande quanto estranha. Suas portas e janelas pareciam chama-los de
alguma forma, já se passava das três da tarde.
Sérgio começou a se
aproximar, as arvores ao redor da casa formavam um tipo de parede,
podia ser esse o motivo de nunca terem visto aquele lugar antes. Era
estranho... E ele mesmo se perguntou... Como, e porque aquele jardim
era tão vivo e bonito se a casa estava com a aparência de que
ninguém morava lá há uns 30 anos. Marlon estava hipnotizado com
tudo aquilo, imóvel. O verde chamativo das arvores trazia a
lembranças das ultimas ferias que havia passado no sitio do seu avô
no ano anterior.
Eles se olharam por certo
tempo... Quando ouviram um barulho, parecia de uma porta que havia se
batido. O som tinha vindo do outro lado da casa... Curiosos decidiram
explorar o quintal dos fundos. Havia um corredor não muito estreito
que passava do lado esquerdo da casa que levava ou quintal.
Os dois um pouco
desorientados, foram andando cuidadosamente. Um passo por vez...
O coração de Marlon estava batendo tão rápido que nem podia se sentir. Suas mãos começaram a suar e isso o deixa ainda mais nervoso.
O coração de Marlon estava batendo tão rápido que nem podia se sentir. Suas mãos começaram a suar e isso o deixa ainda mais nervoso.
Sérgio parecia calmo, mais
não costumava demonstrar emoções. Chegando do outro lado puderam
ver o restante do jardim. Sem duvida era o jardim mais bonito que os
dois já tinham visto. Não era igual. Era vibrante e vivo como
nenhum outro.
Marlon subiu uma pequena
escada que levava a uma varanda, havia um banco vazio e empoeirado.
Tudo era morto, ou ao menos aparentava. Sérgio o seguiu os dois
ficaram parados olhando a porta que ficava a um pouco mais de um
metro de distancia.
Sérgio decidiu entrar. Ao se aproximar a porta se abriu lentamente, provocando neles uma sensação de frio na barriga. Marlon tentou piscar varias vezes para ter certeza do que estava vendo. Quase não podia acreditar, na verdade não podia. Sérgio não se mexeu, seus olhos se focaram e ele pode até sentir o ar entrar em seus pulmões.
Sérgio decidiu entrar. Ao se aproximar a porta se abriu lentamente, provocando neles uma sensação de frio na barriga. Marlon tentou piscar varias vezes para ter certeza do que estava vendo. Quase não podia acreditar, na verdade não podia. Sérgio não se mexeu, seus olhos se focaram e ele pode até sentir o ar entrar em seus pulmões.
Então a porta se abril
completamente, e ali estava uma garotinha de mais ou menos uns seis
anos de idade olhando fixamente para eles. Seus olhos brilhavam
muito, ela estava usando um vestido azul cor do céu, que juntamente
com seus olhos parecia entorpecer quem a observava.
Eles se olharam. Marlon estava
pasmo. Sua pele era branca como giz, ela parecia estar ali por algum
motivo... A expressão desenhada no seu rosto não era feliz ou ao
menos próximo de ser. Ela ainda mantinha os olhos direcionados para
eles. Marlon na tentativa de se aproximar um pouco mais, deu um passo
lentamente, ficando a poucos centímetros da porta, a criança
parecia assustada. Ela olhou para ele como se temesse algo. Mas o que
ele poderia fazer.
Sérgio se surpreendeu com a
atitude do irmão, e então se aproximou dele, a garota rapidamente
desviou sua atenção para ele o deixando paralisado. Em quanto à
menina se mantinha ocupada olhando para Sérgio, Marlon tentou se
encorajar para poder falar com ela. Então sem pensar muito e com a
garganta seca, disse:
_ Olá!
Então sem que eles pudessem
piscar, a garota desapareceu diante dos seus olhos... Os dois não se
mexeram. Estavam em pânico, não sabiam o que fazer se saiam da li
correndo ou então ficavam para ter certeza do haviam visto naquele
momento. Com mil duvidas pairando sobre eles, decidiram ficar.
Agora já se passava das
quatro horas e meia da tarde e estava começando a escurecer, e o
pensamento de Marlon foi direto a mãe que os aguardava em casa às
sete da noite para o jantar. Sérgio estava com medo mais sua
curiosidade era maior. Começaram a andar pela casa. Vazia e sem vida
eram as palavras que se encaixavam melhor ao ambiente, passaram pela
cozinha e se depararam com um corredor não muito longo que parecia
levar para um tipo de sala de estar, ao passar pelo corredor Marlon
sentir uma forte dor de cabeça momentânea, então chegaram ao que
realmente parecia ser uma sala, não havia muita coisa, apenas uma
mesa de centro e duas poltronas antigas.
De repente começaram a ouvir
uma risada meiga e feliz do que parecia ser uma criança, e então
como um eco eles viram no canto esquerdo da sala duas crianças
brincando, a visão se manteve por uns 3 segundos... O susto foi tão
grande que Sérgio deu um rápido passo para traz e quase quebrou um
vazo pequeno que estava em cima da única mesinha da sala. Sérgio
pegou o vazo com mais cautela e olhou de mais perto, parecia um vazo
feito à mão, não era muito bem feito até parecia inacabado, então
subiram uma escada que levava ao segundo andar, a escada de madeira
já velha deixava a casa com a aparecia ainda mais antiga. O segundo
andar parecia mais amplo e estava vazio, completamente vazio, a
ansiedade dos dois a cada minuto aumentava mais. Então entraram em
um cômodo. Só havia uma janela grande e um tipo de papel de parede
com bailarinas e florais cor de rosa que já estava desbotado. Eles
se aproximaram da janela se afastando da porta. Aporta se bateu com
força, quando se viraram Lá estava duas crianças, a que haviam
visto antes, e uma não muito parecida a não ser a pele cor de giz.
Elas não pareciam querer
machucá-los, eles se espantaram. Sérgio ainda estava como vazo nas
mãos. Marlon tentou novamente começar uma conversa:
_ Olá!
_ Oi.
Ele se surpreendeu, não
esperava que ela respondesse.
_ Vocês estão bem? Não foi
nossa intenção assustá-los! – Ela sussurrou...
_ Não foi?
_ Não. Só queríamos
brincar. Ela deu um leve sorriso meio malicioso...
Sérgio interrompeu.
_ O que fazem aqui? Quem são?
A outra garotinha respondeu
olhando diretamente em seus olhos.
_ Nós moramos aqui. Desde
sempre.
_ De quem é o jardim? –
Marlon Perguntou.
Então a garota do vestido
azul-céu se aproximou e passou a mão pelo braço de Marlon. Sua mão
o ultrapassou e fez com que um arrepio avassalador tomasse seu corpo.
Ela os conduziu até a sala de estar no andar de baixo.
_ Era verão e estávamos nos
divertindo muito, brincado na porta de casa, costumávamos passar
tardes inteiras ali. Até que a bola caiu na rua e corremos para
pega-lá... E um caminhão desorientado em alta velocidade veio, nós
tínhamos tantos planos para aquele verão. Por que ele tinha que ter
bebido naquela sexta-feira ensolarada, era um dia perfeito. Então a
partir daquele dia vimos nossos sonhos irem embora... vimos nossos
pais falecerem, nossa irmã mais velha se formar e realizar seus
sonhos e se casar... nossa mãe não aguentou a tristeza, e o que a
deixava melhor era cuidar do jardim, ela passava maior parte do tempo
se dedicando ao que ela chamou de “belo desastre”, então desde
que ela se foi, a parte dela que ainda se mantém viva é o jardim...
E o que nos mantém vivas. Aquele vazo da mezinha na sala foi onde as
últimas flores murcharam.
16 – 202
nossa ficou muito bom,muito interessante eu gostei.
ResponderExcluirPaula vieira,28
Gostei muito da história, pelo fato de que no decorrer dela acaba ficando um pouco misteriosa.
ResponderExcluirNome: Isabelly Almeida
Turma: 202
Nº: 18
Adorei a história,gostei de como ficou a continuação.
ResponderExcluirNome: Gracielly Almeida,201 - n°15.
muito bom o conto gostei da historia das meninas e sua mãe
ResponderExcluir18-201