O pergaminho e os pesadelos

Márcio estava brincando com seu cachorro no sótão da sua nova casa, quando viu um baú muito antigo. Ressabiado, ficou olhando por um longo tempo. Tomou coragem e abriu o baú lentamente. Curiosamente, havia poucos objetos em relação ao seu tamanho. Mas, o que chamou mais a atenção de Márcio, além daquela linda bússola, foi um pergaminho. Desenrolou aquele documento e ficou espantado com o que estava escrito "AQUELE QUE ABRIR O BAÚ, OS MAIORES PESADELOS PERTURBARÃO". Assustado, Márcio largou tudo e foi direto para o quarto, já estava na hora de dormir,ao cair no sono ele se viu deitado em sua cama em um profundo sono, enquanto uma voz o chamava do corredor pouco iluminado. Sem pensar muito, seguiu a voz que lhe atormentava. Ao chegar no corredor se deparou com várias aranhas aterrorizantes, do teto ao chão, que o perseguiam até as escadas correndo. Logo de frente com a escada se encontrava o seu velho e quase querido gato preto de estimação, que morreu aos seus 7 anos de idade. O gato veio correndo subindo as escadas, e não parecia nada amigável, Márcio sentou no começo da escada e se encolheu com o choro na garganta, pensando no ataque que aquele gato feroz faria com ele. Mas depois de um tempo, ele não sentiu nada, nem um vento, nem um arranhão, nada. Ele levantou o semblante e a escada continuava vazia, apenas uma luz no final dela, indicando pra continuar o caminho, e assim ele fez. Chegando na sala a voz ficou mais alta, o chamando para abrir a porta do velho sótão. Quando Márcio abriu a porta ele encontra o baú e atrás o palhaço o segurando. Aquele palhaço que o sempre atormentou quando menor, abriu um sorriso tenebroso com um vento suave em seu rosto, fazendo assim acordá-lo do seu pesadelo, e ao lado na cama se encontrava a bússola que ainda apontava em direção ao caminho do seu pesadelo, a escada.

18 – 202