sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Encurraladas

Patrícia estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga. Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da noite. No caminho não havia muita gente, pois estava muito frio naquela noite. De repente avistaram uma van preta logo a frente, Emily, a amiga de Patrícia logo se assustou com aquilo, temendo sem algo perigoso, as duas, então, deram a volta no quarteirão; Emily não parava de rir das coisas que haviam acontecido na festa, ate que os risos foram interrompidos por um som de carro, assustadas, ela solharam bem devagar para trás, e lá estava a van preta as seguindo bem devagar, Patrícia não conseguia identificar quem estava dentro, pois os vidros eram pretos e estava muito escuro, então, as duas começaram a andar rapidamente, mas a van acelerou também, o coração batia forte, e estavam assustadas demais, Patrícia sempre fora a mais cautelosa, olhou para o lado e fez um sinal para sua amiga para que corressem, e assim foi, as duas começarão a correr desesperadas, e para a tristeza delas a van acelerou, Emily começara gritar e a chorar pedindo socorro, nesse momento a porta da van abriu e dois homens encapuzados desceram rapidamente e correram em direção a elas, Patrícia rapidamente mudou de direção e entrou na mata ao lado, enquanto corria, só ouvia os gritos de Emily, pedindo que a soltassem, ate que o som cessou.
O silêncio permanecia, só o que quebrava-o era a respiração ofegante da garota, ela se escondia dentro da mata e chorava baixo, seu celular estava em casa, apenas Emily havia levado, e ela nem sabia agora se sua amiga estava bem ou não; Patrícia tinha 17 anos, tinha os cabelos loiros e olhos verdes, era uma atleta de sua escola, sempre fora forte e corajosa, mas aquilo não era parecido com nada q ela já havia presenciado, mas ela sabia que ela tinha que ser forte para sua amiga, ela se levantou devagar do chão, ainda trêmula, e olhou para os lados, e tomou um susto ao ver um dos homens mascarados a encarando de longe, o desespero tomou conta da sua alma, e ela correu ao lado contrário com toda sua velocidade, até que ela esbarrou em algo, outro homem, que a desacordou, colando um pano na sua boca que tinha um cheiro desagradável, fazendo-a desmaiar.
Estava tudo escuro, mas, logo foi ficando claro a imagem, era um galpão escuro, sujo e velho, era isso que Patrícia via, suas mãos estavam amarradas para frente, mas seus pés estavam soltos, ela se levantou e analisou o lugar, uma janela pequena, que estava trancada, algumas tralhas velhas, e uma porta, também trancada, apenas sua amiga não estava lá, ela estava sozinha e com medo, como ela iria escapar? Ao que parecia era impossível.
Ela parou, se concentrou e pensou em uma maneira de escapar, ela vasculhou as tralhas e achou uma farpa, ela a pegou e tentou cortar a corda, mas era difícil, pois suas mãos estavam presas, mas ela conseguiu, depois de algum minutos, ao tirar viu que seu pulso estava roxo, a corda estava realmente apertada, ficou com medo, pensando, do que realmente esses homens eram capazes, agora suas mãos estavam livres, mas a garota ainda não.
Patrícia decidiu esperar, que alguém abrisse a porta, e assim ela teria alguma chance de escapar, e assim foi, ficou do lado da porta, esperando, ate que ela se abriu, um homem ainda mascarado entrou, estava armado com um taco de beisebol, ele entrou e olhou procurando a garota, ela o empurrou por trás e saiu da sala, mas para sua surpresa, ele agarrou seu pé, Patrícia caiu no chão, o homem subiu em cima dela e tentou desacorda-la novamente, mas dessa vez não, a garota enfiou o pedaço de farpa no pescoço do homem que gritou de dor, ela o chutou para dentro e fechou a porta, o trancando lá.
A garota vasculhou a casa e logo percebeu que se tratava de uma casa grande e rica, a maioria das janelas e portas estavam trancadas, mas para sua sorte ela encontrou uma janela aberta, ela olhou para fora e viu um grande jardim e um muro logo a frente, era pequeno, ela sabia que conseguiria pular, mas ela não havia encontrado Emily, a dúvida a corrompeu, o que ela deveria fazer? Fugir ou procurar pela amiga? Nervosa, ela tomou sua decisão e pulou a janela, correndo pelo jardim. Quando estava quase chegando ao muro, um dos homens a parou, esse estava sem capuz e tinha um rosto maldoso, ele a socou, e ela caiu no chão com dor, mas ela levantou rapidamente e lhe deu um chute, o homem era muito mais forte e estava machucando a garota gravemente, mas ela era forte, mais forte que as outras garotas, e tentava revidar com toda sua força, ele a jogou no chão e começou a desferir socos, ela tentava defender com os braços a todo custo, mas ele era muito forte, seus braços não aguentaram mais e o homem começou a enforca-la. Patrícia procurava algo no chão que pudesse ajuda-la e por fim achou uma pedra, e juntando suas forças acertou o bandido na cabeça, e ele desmaiou.
Machucada, ela pulou o muro e fugiu, correu ate uma delegacia, e contou o ocorrido, claro que não acreditaram nela, uma garota de 17 anos escapar de um “cativeiro” parecia uma tarefa impossível, depois de muitos depoimentos, a polícia resolveu agir e foi ate a casa. Tarde demais, os bandidos já haviam deixando o lugar para sempre, embora a polícia tenha descobrido que eles eram contrabandistas de órgãos muito procurados. Patrícia no fim foi levada ao hospital, se sentia triste e sozinha. Abandonara sua amiga e agora possivelmente ela estava morta. Ela tomou a sua decisão, decidiu se salvar a ajudar o próximo e correr o risco de morrer também, típico do ser humano, sempre pensar nele mesmo. Agora Patrícia estava viva e segura, mas não em paz.

26 – 202

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