Patrícia
estava em uma festa na casa de amigos. A festa estava boa, mas já
estava quase no fim e ela decidiu ir embora com uma amiga.
Despediram-se de todos e foram caminhando para casa às 11 horas da
noite. No caminho não havia muita gente, pois estava muito frio
naquela noite. De repente avistaram uma van preta logo a frente,
Emily, a amiga de Patrícia logo se assustou com aquilo, temendo sem
algo perigoso, as duas, então, deram a volta no quarteirão; Emily
não parava de rir das coisas que haviam acontecido na festa, ate que
os risos foram interrompidos por um som de carro, assustadas, ela
solharam bem devagar para trás, e lá estava a van preta as seguindo
bem devagar, Patrícia não conseguia identificar quem estava dentro,
pois os vidros eram pretos e estava muito escuro, então, as duas
começaram a andar rapidamente, mas a van acelerou também, o coração
batia forte, e estavam assustadas demais, Patrícia sempre fora a
mais cautelosa, olhou para o lado e fez um sinal para sua amiga para
que corressem, e assim foi, as duas começarão a correr
desesperadas, e para a tristeza delas a van acelerou, Emily começara
gritar e a chorar pedindo socorro, nesse momento a porta da van abriu
e dois homens encapuzados desceram rapidamente e correram em direção
a elas, Patrícia rapidamente mudou de direção e entrou na mata ao
lado, enquanto corria, só ouvia os gritos de Emily, pedindo que a
soltassem, ate que o som cessou.
O
silêncio permanecia, só o que quebrava-o era a respiração
ofegante da garota, ela se escondia dentro da mata e chorava baixo,
seu celular estava em casa, apenas Emily havia levado, e ela nem
sabia agora se sua amiga estava bem ou não; Patrícia tinha 17 anos,
tinha os cabelos loiros e olhos verdes, era uma atleta de sua escola,
sempre fora forte e corajosa, mas aquilo não era parecido com nada q
ela já havia presenciado, mas ela sabia que ela tinha que ser forte
para sua amiga, ela se levantou devagar do chão, ainda trêmula, e
olhou para os lados, e tomou um susto ao ver um dos homens mascarados
a encarando de longe, o desespero tomou conta da sua alma, e ela
correu ao lado contrário com toda sua velocidade, até que ela
esbarrou em algo, outro homem, que a desacordou, colando um pano na
sua boca que tinha um cheiro desagradável, fazendo-a desmaiar.
Estava
tudo escuro, mas, logo foi ficando claro a imagem, era um galpão
escuro, sujo e velho, era isso que Patrícia via, suas mãos estavam
amarradas para frente, mas seus pés estavam soltos, ela se levantou
e analisou o lugar, uma janela pequena, que estava trancada, algumas
tralhas velhas, e uma porta, também trancada, apenas sua amiga não
estava lá, ela estava sozinha e com medo, como ela iria escapar? Ao
que parecia era impossível.
Ela
parou, se concentrou e pensou em uma maneira de escapar, ela
vasculhou as tralhas e achou uma farpa, ela a pegou e tentou cortar a
corda, mas era difícil, pois suas mãos estavam presas, mas ela
conseguiu, depois de algum minutos, ao tirar viu que seu pulso estava
roxo, a corda estava realmente apertada, ficou com medo, pensando, do
que realmente esses homens eram capazes, agora suas mãos estavam
livres, mas a garota ainda não.
Patrícia
decidiu esperar, que alguém abrisse a porta, e assim ela teria
alguma chance de escapar, e assim foi, ficou do lado da porta,
esperando, ate que ela se abriu, um homem ainda mascarado entrou,
estava armado com um taco de beisebol, ele entrou e olhou procurando
a garota, ela o empurrou por trás e saiu da sala, mas para sua
surpresa, ele agarrou seu pé, Patrícia caiu no chão, o homem subiu
em cima dela e tentou desacorda-la novamente, mas dessa vez não, a
garota enfiou o pedaço de farpa no pescoço do homem que gritou de
dor, ela o chutou para dentro e fechou a porta, o trancando lá.
A
garota vasculhou a casa e logo percebeu que se tratava de uma casa
grande e rica, a maioria das janelas e portas estavam trancadas, mas
para sua sorte ela encontrou uma janela aberta, ela olhou para fora e
viu um grande jardim e um muro logo a frente, era pequeno, ela sabia
que conseguiria pular, mas ela não havia encontrado Emily, a dúvida
a corrompeu, o que ela deveria fazer? Fugir ou procurar pela amiga?
Nervosa, ela tomou sua decisão e pulou a janela, correndo pelo
jardim. Quando estava quase chegando ao muro, um dos homens a parou,
esse estava sem capuz e tinha um rosto maldoso, ele a socou, e ela
caiu no chão com dor, mas ela levantou rapidamente e lhe deu um
chute, o homem era muito mais forte e estava machucando a garota
gravemente, mas ela era forte, mais forte que as outras garotas, e
tentava revidar com toda sua força, ele a jogou no chão e começou
a desferir socos, ela tentava defender com os braços a todo custo,
mas ele era muito forte, seus braços não aguentaram mais e o homem
começou a enforca-la. Patrícia procurava algo no chão que pudesse
ajuda-la e por fim achou uma pedra, e juntando suas forças acertou o
bandido na cabeça, e ele desmaiou.
Machucada,
ela pulou o muro e fugiu, correu ate uma delegacia, e contou o
ocorrido, claro que não acreditaram nela, uma garota de 17 anos
escapar de um “cativeiro” parecia uma tarefa impossível, depois
de muitos depoimentos, a polícia resolveu agir e foi ate a casa.
Tarde demais, os bandidos já haviam deixando o lugar para sempre,
embora a polícia tenha descobrido que eles eram contrabandistas de
órgãos muito procurados. Patrícia no fim foi levada ao hospital,
se sentia triste e sozinha. Abandonara sua amiga e agora
possivelmente ela estava morta. Ela tomou a sua decisão, decidiu se
salvar a ajudar o próximo e correr o risco de morrer também, típico
do ser humano, sempre pensar nele mesmo. Agora Patrícia estava viva
e segura, mas não em paz.
26
– 202
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